SÃO JOSÉ, SIMBOLO DA DIGNIDADE NO TRABALHO

Numa postagem no X, Francisco relembra um de seus santos favoritos.

Hoje nos lembramos de São José, pedimos ao Senhor que renove e aumente a nossa fé, para que toda a nossa obra tenha nele o seu início e o seu término.” É a postagem que apareceu na festa litúrgica de São José Artesão que foi instituída por Pio XII em 1º de maio de 1955.

Vida, trabalho, amor

Também na audiência geral o Papa recordou São José. “A cada um de vós – afirmou – gostaria de propor a Sagrada Família de Nazaré como modelo de comunidade doméstica: comunidade de vida, de trabalho e de amor”.

É conhecida a devoção de Francisco ao pai adotivo de Jesus, emblema de confiança em Deus, homem que cultivou no silêncio o seu sim ao Senhor.

Com coração de pai: assim José amou a Jesus, designado nos quatro Evangelhos como “o filho de José”

Os dois evangelistas que puseram em relevo a sua figura, Mateus e Lucas, narram pouco, mas o suficiente para fazer compreender o género de pai que era e a missão que a Providência lhe confiou.

Sabemos que era um humilde carpinteiro, desposado com Maria, um “homem justo”, sempre pronto a cumprir a vontade de Deus manifestada na sua Lei e através de quatro sonhos .

Depois de uma viagem longa e cansativa de Nazaré a Belém, viu o Messias nascer num estábulo, “por não haver lugar para eles” em outro lugar.

Foi testemunha da adoração dos pastores e dos Magos, que representavam respetivamente o povo de Israel e os povos pagãos.

Teve a coragem de assumir a paternidade legal de Jesus, a quem deu o nome revelado pelo anjo: dar-lhe-ás “o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados .

Entre os povos antigos, como se sabe, dar o nome a uma pessoa ou a uma coisa significava conseguir um título de pertença, como fez Adão na narração do Génesis 

No Templo, quarenta dias depois do nascimento, José – juntamente com a mãe – ofereceu o Menino ao Senhor e ouviu, surpreendido, a profecia que Simeão fez a respeito de Jesus e Maria .

Para defender Jesus de Herodes, residiu como forasteiro no Egito .

Regressado à pátria, viveu no recôndito da pequena e ignorada cidade de Nazaré, na Galileia – donde (dizia-se) “não sairá nenhum profeta, nem “poderá vir alguma coisa boa”, longe de Belém, a sua cidade natal, e de Jerusalém, onde se erguia o Templo.

Foi precisamente durante uma peregrinação a Jerusalém que perderam Jesus (tinha ele doze anos) e José e Maria, angustiados, andaram à sua procura, acabando por encontrá-Lo três dias mais tarde no Templo discutindo com os doutores da Lei

Com a carta apostólica “Patris Corde”, o Papa proclamou um Ano especial de São José de 8 de dezembro de 2020 a 8 de dezembro de 2021.

No texto, também fruto da pandemia que gerou perdas de emprego em muitos setores, Francisco convida-nos a olhar para o santo de quem “Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão que é o fruto do próprio trabalho”.

“Imploramos a São José trabalhador – lemos novamente na Patris Corde – para que encontremos caminhos que nos comprometam a dizer: nenhum jovem, nenhuma pessoa, nenhuma família sem trabalho”.

De GIUSEPPE DI BLASI .

Fonte:várias .

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